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Ergue-se em mim uma lua falsa Sobre juncais, E o charco emerge, que o luar realça Menos e mais.
Onde, em que vida, de que maneira Fui o que lembro Por este coaxar das rãs na esteira Do que deslembro?
Nada. Um silêncio entre jucos dorme. Coaxam ao fim De uma alma antiga que tenho enorme As rãs sem mim.
Fernando Pessoa, 13-8-1933.